Índices de evolução
O que é evoluir? Tento responder como grande referência o clássico filme de Stanley Kubric, 2001 — Uma Odisseia no Espaço. English bellow.
Muitos dos meus textos falam sobre autoconhecimento, zona de conforto, essência do nosso ser, alma, evolução e por aí vai. Muitas destas palavras tão complexas e difícieis de se entender não são aprofundadas em seu significado de origem, porém hoje irei investigar sobre um tema que quase sempre chego nas conclusões das mais variadas obras escritas por mim — evolução.
Ao refletir sobre evolução, lembro de uma aula na escola quando estava na sétima ou oitava série (se não me engano, faz tanto tempo!), com o grande professor de História Helião! Ele indagou à classe se realmente nossa espécie evoluiu. E para isso, nos mostrou o começo de uma obra prima de Stanley Kubrick — 2001, Uma Odisséia no Espaço. Relaxa, não vou contar spoilers, apenas o ínicio.
Nos três primeiros minutos do filme, a única imagem que aparece é uma tela negra acompanhada de uma música dramática. Depois, o diretor corta para um cenário da era primitiva onde dois grupos de macacos brigam pelo lugar no qual se tem água, um desses bandos é expulso e ao dormirem, misteriosamente uma pedra preta grande (monolito) aparece, os primatas ficam curiosos e exarcebados com tal objeto estranho e místico. Ao decorrer das próximas cenas, um dos líderes descobre que um osso pode ser usado como ferramente e arma matando animais para comer e mais adiante voltam ao local onde foram expulsos para retomar o lugar, matam um de seus semelhantes e em um clássico ato o primata assasino joga a “arma” para o alto e ao descer a cena é cortada imediatamente para uma nave no espaço. Ou seja, saímos de uma era onde utilizávamos ossos como arma e/ou instrumento e chegamos após milhares de anos a navegar por planetas e astros. A grande dúvida destes primeiros minutos mostrados de forma magistral por Kubrick é: será que evoluímos durante esse tempo de um primata para um Homo sapiens?
Alguns irão dizer “Com certeza, como não? Nosso corpo e conhecimentos intelectuais e culturais, por exemplo, melhoraram de maneira estrondosa!” Outros como eu questionaram — “Então, evoluir significa melhorar nossos índices físicos e mentais?” Um exemplo mais simples para ilustrar melhor essa última pergunta: amo correr e consigo alcançar 7 km em 1 hora, porém quero chegar a 15 km no mesmo tempo. Treino, passo horas do meu dia com corridas e musculação até que finalmente chego na tão esperada meta. Evolui, certo? Fisicamente aumentei meus índices, porém nesse tempo de treino posso lesionar meu corpo com exageros, me viciar em endorfina, aumentar minha ansiedade por desejar tanto um objetivo futuro e não foquei meu tempo nos âmbitos pessoais, profissionais e até espirituais. Portanto, piorei em vários outros aspectos, será que realmente evolui? O que fazer então?
Duas palavras-chaves respondem isso: congruência e equilíbrio. Se faz e aprimora algo de acordo com o seu ser, não lhe trará dores físicas e mentais. E não exagerar (ir ao extremo de tal atividade), ter autocontrole e autoconhecimento sem esquecer todos os corpos que regem o que nos fazem humanos (físico, mental, emocional e espiritual) são essenciais para um equílibrio na vida.
Saber dividir o nosso precioso tempo de vida para melhorar em todas as camadas de nosso ser e tudo isso estar coerente para mim. Somente assim estaremos evoluindo como humanos mais completos com apenas o objetivo de alcançar a mais plena felicidade e paz.
Many of my texts talk about self-knowledge, comfort zone, essence of our being, soul and evolution and so on. Many of these words, so complex and difficult to understand, are not deepened in their original meaning, but today I will investigate a theme that almost always comes to the conclusions of the most varied works written by me — evolution.
Reflecting on evolution, I remember a class at school when I was in the seventh or eighth grade (if I’m not mistaken, it was so long ago!), with the great history teacher Helião! He asked the class if our species really evolves. And for that, he showed us the beginning of a masterpiece by Stanley Kubrick — 2001, A Space Odyssey. Relax, I won’t tell spoilers, just the beginning.
In the first three minutes of the film, the only image that appears is a black screen accompanied by dramatic music. Then, the director cuts to a scenario of the primitive era where two groups of monkeys fight for the place where there is water, one of these groups is expelled and when they sleep, mysteriously a big black stone (monolith) appears, the primates get curious and exaggerated with such strange and mystical object. During the next scenes, one of the leaders discovers that a bone can be used as a tool and weapon killing animals to eat and later they go back to the place where they were expelled to retake the place, kill one of their fellows enemy and in a classic act the primate murderer throws the “weapon” up and when going down the scene is immediately cut to a ship in space. In other words, we left an era where we used bones as a weapon and/or instrument and arrived after thousands of years navigating through planets and stars. The great doubt of these first minutes shown in a masterly way by Kubrick is: did we evolve during that time from a primate to a Homo sapiens?
Some will say, “Surely, how could we not? Our body and intellectual and cultural knowledge, for example, have improved in a tremendous way!” Others like me asked — “So, does evolving mean improving our physical and mental rates?” A simpler example to better illustrate this last question: I love to run and I can reach 7 km in 1 hour, but I want to reach 15 km at the same time. I spend hours of my day with racing and weight training until I finally reach the long awaited goal. I evolve, right? Physically I have increased my rates, but in this time of training I can injure my body with exaggerations, get addicted to endorphin and increase my anxiety for wanting so much a future goal and I have not focused my time in the personal, professional and even spiritual spheres. So I’ve gotten worse in many other ways, have I really evolved? What to do then?
Two key words answer that: congruence and balance. If you do and improve something according to your being, it will not bring you physical or mental pain. And do not exaggerate (go to the extreme of such activity), have self-control and self-knowledge without forgetting all the bodies that govern what makes us human (physical, mental, emotional and spiritual) are essential for a balance in life.
Knowing how to divide our precious life time to improve in all layers of our being and all this is coherent for me. Only in this way will we be evolving as more complete humans with the only goal of achieving the fullest happiness and peace.