Quem sou eu?
Quem nunca se perguntou ao menos uma vez na vida: “Quem sou eu?” Tento responder essa pergunta simples mas tão profunda e filosófica. English bellow
Sempre fui muito curioso, aquela típica criança questionadora — “Mãe o que é isso? Porque disso? Como viemos para cá?” dentre tantas outras perguntas. Essa vontade de descobrir continou durante meus 28 anos e entre tantas questões interessantes a mim, uma em particular batuca na minha mente como martelo nessa quarentena — Quem sou eu? Poderia responder dizendo minha profissão, hobbys, personalidades, caracterísicas físicas, onde moro ou gostaria de estar. Mas me questiono com mais profundidade, sem olhar para o externo e direcionando-me ao meu ser, essência, alma ou que quiser chamar, entendeu?
Pois bem, após muita reflexão, meditação e extensas e complexas conversas com a minha psicóloga, entre uma consulta e outra, me deparo com outra pergunta determinante para a resposta de quem realmente sou — o que é essência? Como posso descrevê-la e como ela funciona?
Para isso, recordei da época pós faculdade quando comecei a viajar sozinho e descobrir coisas sobre mim, o famoso autoconhecimento. Ao retornar de minhas jornadas, tanto eu quanto amigos me diziam: “Mano, se tá diferente” “Pode crê, coloquei dois brincos e emagreci pakas neh?” — respondia “Não, se ta diferente de outro jeito tá ligado?” indagavam.
Esse outro “jeito” dito por tantos, nada mais era do que o autoconhecimento quem me levou à uma descontrução de um pensamento e/ou crença, por exemplo, e a construção de um novo modo de ver a realidade, viver e pensar. Essa transformação interna ocorreu de forma constante entre uma viagem e outra, cada vez mais intensa com própositos de aprender e não apenas passear! Além disso, experiências de morar sozinho em um outro país e cidade totalmente diferentes como Londres ou em uma comunidade “hippie” internacional localizada em Floripa, intensificam muito essas mudanças interiores — o importante é sair da zona de conforto. Quando olhar para trás, verá o quão distinto está em todos os aspectos que te fazem humano.
Então cheguei a conclusão que essência é atemporal (infinto) e mutável, ou seja, nosso ser sempre estará em constante mudança — hoje posso ser de tal maneira e algo drástico pode acontecer modificando tudo o que sou. E isso acontece ao longo de toda esta vida e nas próximas caso acredite em reecarnações. Para mim, isso é apenas o lindo ato da evolução individual.
Depois de todas essas observações e raciocínios, volto a me perguntar — Quem sou eu? NÃO SEI! Parece decepcionante a seguinte reposta, no entanto o fato de não saber responder quem eu sou é a comprovação de que estou evoluindo, ainda me conhecendo para me transformar, fluindo sem pressa, na paz e calma da eterna (des)construção do meu ser.
Title: Who Am I?
Who has never once asked himself, “Who am I?” I try to answer that simple question, but so profound and philosophical.
I have always been very curious, that typical questioning child — “Mother, what is this? Why is that? How did we come here?” and so many other questions. This will to discover continued during my 28 years and among so many interesting doubts to me, one in particular hits my mind like a hammer in this quarantine — Who am I? I could answer by saying my profession, hobbies, personalities, physical characteristics, where I live or would like to be. But I ask myself in more depth, without looking outwards and directing it to my being, essence, soul or whatever you want to call it, understand?
Well, after much reflection, meditation and extensive and complex conversations with my psychologist, between one consultation and another, I come across another question that determines the answer to who I really am — what is essence? How can I describe it and how does it work?
To do so, I remembered the post college period when I started to travel alone and discover things about myself, the famous self-knowledge. When I returned from my journeys, both I and friends would say to me: “Dude, you are so different” — “I know, I put on two earrings and lost weight right?” — I would answer “No, you are different in another way?” they would ask.
This other “way” said by so many, was nothing more than self-knowledge that led me to a deconstruction of a thought and/or belief, for example, and the construction of a new way of seeing reality, living and thinking. This internal transformation occurred constantly between one trip and another, more and more intense with the purpose of learning and not just walking! Moreover, experiences of living alone in a totally different country and city like London or in an international “hippie” community located in Floripa (Santa Catarina, Brazil), intensify these inner changes a lot — the important thing is to leave the comfort zone. When you look back, you’ll see how distinguished you are in all the aspects that make you human.
Then I came to the conclusion that essence is timeless (infinite) and changeable, that is, our being will always be in constant change — today I can be in such a way and something dramatic can happen changing everything I am. And this happens throughout this life and in the next ones if you believe in reincarnations. For me, this is just the beautiful act of individual evolution.
After all these observations and reasoning, I ask myself again — Who am I? I DON’T KNOW! It seems disappointing the following answer, however the fact that I do not know how to answer who I am is the proof that I am evolving, still knowing myself to transform myself, flowing without haste, in the peace and calm of the eternal (dis)construction of my being.