Choro da alma

Pedro Henrique Bertti Cruz
2 min readMar 17, 2022

O fim de um ciclo e o começo de uma linda jornada.

Altar do meu quarto com a foto da Sangha Sequoia

Hoje está difícil cozinhar! Não por dores físicas, cansaço, falta de ingredientes entre outros fatores externos. Essa semana tem sido bem emotiva para mim, talvez a ansiedade e expectativas escrevem neste momento, mas este final de semana se encerra o curso mais intenso com as experiências e conhecimentos mais importantes e profundos da minha vida! Uma verdadeira transformação da alma, do meu coração mais sutil que habita no meio do meu peito!

Quinta-feira (hoje) é quando “coloco a mão na massa” e cozinho quilos de hamburgueres, manteiga e outras delícias veganas. E, na maioria das vezes, ouço mantras durante todo esse processo culinário e senti de pôr um kirtan de Shiva. Pois bem, nas últimas etapas do preparo da massa do hamburguer de cenoura, começa a tocar nos meus ouvidos um dos mantras mais emotivos para mim — “Shankara Karunakara” e é inevitável a crise de choro, como se algo lá dentro gritasse e meus olhos — as janelas da minha alma se abriram para jorrar para fora toda a tensão, apego e mais sei lá o que para que uma luz intensa entrasse dentro no meu templo, do meu corpo. Fazia anos talvez que não chorava desta forma e talvez encarnações sem viver, experienciar e sentir dentro de uma sangha (grupo), uma família, um ambiente tão acolhedor e amoroso.

Neste domingo talvez seja o dia mais importante da minha vida, o fim de um ciclo está cada vez próximo e hoje talvez eu entenda um pouco a energia de Hanuman quando ele responde a Rama: “Quando não sei quem eu sou, eu sirvo a você. Quando sei quem sou, eu sou você”. E desta forma, como Hanuman fez, abro meu peito e vejo, contemplo uma floresta de sequoias.

--

--

Pedro Henrique Bertti Cruz

Fotógrafo, designer, aprendiz Yogi e reikiano. O que faço aqui em uma plataforma de textos? Outra paixão não profissional — escrever, refletir e compartilhar!