A regra dos extremos

Ir à um extremo, tomar essa decisão sempre trará malefícios? English bellow!

Sempre ouvi dizer que os extremos e algo em excesso nunca é bom: muito amor pode se tornar obsessão e/ou ciúmes; muita calma e tranquilidade pode faltar ação; muita produtividade pode acarretar em ansiedade ou se tornar um “workaholic”, dentre vários outros exemplos. Logo, podemos concluir que pender à um extremo e/ou excessividade sempre ser ruim é uma regra?

Nos tempos atuais de pandemia, a bipolaridade política aqui no Brasil se acentua cada vez mais, e sem discutir posicionamentos de esquerda ou direta, eu no começo desta quarentena brasileira estava muito conectado com as notícias e reportagens na TV e mídias sociais sobre um governo e presidente contrários à quarentena e com medidas as quais sou contra, consequência? Muita raiva e ao decorrer dos dias perdia meu equilíbrio emocional e sanidade mental. Portanto, decidi me desconectar totalmente de qualquer coisa relacionada à política em todos os meios de comunicação, ou seja, fui para o outro extremo e como dita a regra no começo do texto, fui errado em tomar essa decisão e em decorrência tive resultados negativos à minha pessoa, certo? Não! Nesse curto tempo de desconexão me equilibrei e aprendi como aquilo que não está no nosso controle não pode nos desequilibrar emocionalmente, apenas podemos fazer a nossa parte, o que está ao nosso alcance!

Ao meu ver, essa “regra dos extremos” não vale para todos os casos e pessoas, de vez em quando ter uma atitude de “tolerância zero” pode nos trazer aprendizados jamais vistos quando estamos afundados completamente no problema. Isto é, não entenderia sobre como agir diante daquilo o qual não esta no meu controle se estivesse com fúria do governo e com extrema vontade de mudar as decisões do presidente , entendeu? Reforçando que essa decisão é por um curto tempo pois saber sobre o que acontece no mundo é de alta relevância e muito importante.

Fora isso, um breve parênteses, quando sentimos raiva de algo ou alguém estaremos mais conectados do que se sentissemos amor! (de acordo com a psicologia cognitiva emocional) E a melhor solução para isso é realmente se desconectar daquilo ou da pessoa.

Enfim, poderia escrever aqui outros exemplos pessoais os quais fogem da “regra dos extremos”, contudo quero apenas compartilhar aqui nesse tempo atual, único e crítico de nos observar emocionalmente e não ter medo de ir para um extremo em busca do equilíbrio e sanidade mental. O mais importante dessa pandemia é sairmos dela bem, com saúde (física, mental e emocional) e mais fortalecidos com ensinamentos para o resto de uma vida mais próspera, feliz e pacífica.

The rule of extremes

Go to an extreme side, will making that decision always bring harm?

I have always heard that extremes and something in excess is never good: too much love can become obsession and/or jealousy; too much calm and tranquillity can lack action; too much productivity can lead to anxiety or become a workaholic, among many other examples. Therefore, can we conclude that tipping to an extreme and/or excessive is always a bad rule?

In the current times of pandemic, the political bipolarity here in Brazil is becoming more and more accentuated, and without discussing left or direct politic positions, at the beginning of this Brazilian quarantine I was very connected with the news and reports on TV and social media about a government and president against the quarantine and with measures that I am against, consequence? A lot of anger and as the days went by I lost my emotional balance and mental sanity. Therefore, I decided to totally disconnect myself from anything related to politics in all media, that is, I went to the other extreme and as the rule says at the beginning of the text, I was wrong in making that decision and as a result I had negative results, right? No! In this short time of disconnection I balanced myself and learned how things which are not in our control cannot unbalance us emotionally, we can only do our part, what is within our reach!

In my opinion, this “rule of extremes” does not apply to all cases and people, sometimes having an attitude of “zero tolerance” can bring us learnings never seen before when we are completely sunk in the problem. That is, I would not understand how to act in front of what is not in my control if I were angry with the government and with an extreme desire to change the decisions of the president, do you understand? Reinforcing that this decision is for a short time because knowing what happens in the world is of high relevance and very important.

Other than that, a brief parenthesis, when we feel angry about something or someone we will be more connected than if we felt love! (According to the cognitive emotional psychology) And the best solution for that is to really disconnect from that or the person. I’ll write more about it, don’t worry!

Anyway, I could write here other personal examples that escape the “rule of extremes”, but I just want to share here in this current, unique and critical time of observing us emotionally and not being afraid to go to an extreme side in search of balance and mental sanity. The most important thing about this pandemic is to come out of it well, with health (physical, mental and emotional) and stronger with teachings for the rest of a more prosperous, happy and peaceful life.